“O Senhor diz: “Esse povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. A adoração que me prestam só é feita de regras ensinadas por homens.” Isaías 29:13 NVI
Temos nos acostumado a vir à igreja e participar de um verdadeiro “show” de adoração: programas ricos em músicas, mensagens muito bem desenvolvidas e elaboradas, um bom nível de organização e uso de multimídia moderna.
Todavia, percebo um distanciamento do objetivo real da adoração, do louvor e da busca do conhecimento de Deus e do poder do Espírito.
Tanto é visível, que há alguns dias houve uma falha de energia elétrica num momento do culto e, em instantes, a igreja passou por uma transformação: alguns sentiram calor e se incomodaram com a falta de ar condicionado, houve um burburinho geral e se tornou impossível ouvir o que estava sendo dito lá na frente. Parece que não havia muitas condições de prosseguir normalmente.
Pergunto-me, porém, onde está o poder e vigor do qual estamos acostumados a falar? O poder concedido pelo Espírito a sua igreja e que alegamos ter?
Jesus Cristo pregou a uma multidão sem a ajuda de meios eletrônicos, apenas utilizando a capacidade natural que dispunha.
Nossos pioneiros fundaram igrejas simples, com mensagens simples, sem filosofias e ensinos que não adviessem das Escrituras. Apresentavam o Cristo como a salvação e o Espírito. “…esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” João 14:26
Também pregaram as multidões, servindo-se de pouquíssimos recursos a não ser o poder concedido pelo Pai.
Talvez devêssemos buscar esse poder. Um poder que não depende do “show”, mas sim do Espírito. “E quando Ele vier convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.” João 16:8. Foi com esse poder que Pedro pregou no Pentecostes e “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas” Atos 2:41 e “Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil.” Atos 4:4.
Visualizando isso, não podemos realmente dizer que estamos cheios do Espírito, na verdade, percebo que estamos na fase em que as virgens da parábola dormem e suas lâmpadas ficam vazias do azeite (representa o Espírito).
Incorremos em erro quando não cuidamos com nossas atitudes e nossa postura em nossos cultos, seja como ouvintes, pregadores ou participantes deste povo que busca anunciar a volta de Nosso Senhor Jesus.
Estamos buscando realmente o Espírito Santo? Creio que devemos profundamente nos examinar e talvez rever nossos conceitos e interesses.
“Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito do vosso Pai é quem fala em vós.” Mateus 10:20
A Bíblia nos ensina que devemos ser reverentes em participar do louvor e culto, o que não significa necessariamente silêncio, porém, participar do louvor diligentemente e com dedicação, assim, permitindo a quem conduz o serviço de adoração ser o meio pelo qual o Espírito nos falará e não o responsável pelo programa-show.
“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” João 4:24
Oremos pelo dom do Espírito, pelo dom do testemunho e nos esforcemos por abreviar a vinda dAquele que há de vir. Não precisamos de esforços para construir palácios como igrejas, pois não é aqui que Cristo quer nos ver, mas sim ao seu lado lá na glória “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.” João 14:3. Ansiamos realmente por esse evento?
Deixo aqui um chamado as origens, a mensagem e a adoração real.
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1:8
(Apresentado por Alexandre Vieira em reunião de Comissão da Escola Sabatina da Igreja Adventista do Sétimo Dia Central de Joinville)