O que é homilética

A proclamação pública do evangelho recebe o interessante nome de Homilética e relaciona a vida cristã com a pregação que acontece periodicamente a cada semana em todas as igrejas e comunidades evangélicas cristãs.
A pregação, dita dessa forma, costuma ser “empacotada” com um conjunto de “rotinas” litúrgicas, doxologias e demais artefatos da retórica religiosa.
Esse agrupamento de atividades ditas religiosas num rito religioso tem a finalidade de promover a divulgação da mensagem de salvação, as boas novas da redenção e reconstrução. Muitas vezes os púlpitos são confundidos com palanques de divulgação de ideologias, discussões humanitárias e sociais ou mesmo “teologias” estranhas ao texto bíblico.
O princípio “sola scritptura” nos concede uma linha de raciocínio bem mais coerente, onde, o tempo e a ação do Espírito de Deus já concedeu provas da justiça e misericórdia de Deus, demonstrada nas escrituras através da Lei e do Evangelho. Assim, cumpre-nos o dever de advertir as pessoas da condição humana, da impossibilidade do cumprimento da lei em nossa condição de carne pecaminosa (sarx) “Diante dele ninguém [πᾶσα σὰρξ – nenhuma carne, criatura] será justificado pelas obras da Lei, pois da Lei vem só o conhecimento do pecado” Romanos 3:20.
Essa condição nos afasta de Deus e impossibilita a reconciliação humana com o Criador. Apenas a ação redentiva do próprio Deus, através de Cristo, pode nos aproximar de Deus novamente, ensinada através do Evangelho.
Essa é a proclamação pública que deve ser o objetivo de cada púlpito estabelecido em cada comunidade. Essa é a função de ser das igrejas. É por isso que somos instruídos a pregar. Somos pecadores. Estamos longe de Deus. Mas ele vem até nós e, se o quisermos e aceitarmos de fato, somos resgatados, por sua graça e misericórdia.
É semelhante a um mendigo, em condição miserável e sem qualquer chance de superação por sua própria força, a que é atribuído a função de declarar aos demais que ele encontrar nas ruas onde buscar pão de graça. O pregador continua sendo pecador, mas recebe diariamente doses do alimento, do remédio contra a condição pecaminosa em que se encontra. Ao mesmo tempo, é lhe atribuído a incumbência de contar ao mundo a bênção que lhe ocorre.

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