A Reforma do Remanescente – Esdras 7 – 10

O livro de Esdras relata partes do retorno dos israelitas que estavam dispersos no império babilônico à terra de sua possessão (Judá e Benjamim). Durante longos 70 anos de cativeiro (tempo de 2 gerações) os judeus estiveram espalhados em terras distantes e agora, para essa nova geração a herança em Judá era apenas uma história. Alguns haviam prosperado na terra do cativeiro e a idéia de retorno não se afigurava mais como um grande e almejado sonho. Assim sendo, percebemos que poucos foram os que quiseram retornar a Israel.
E aqueles que o fizeram, tinham o intuito de separar-se como um povo e consagrar-se a Jeová.Esses ansiavam o dia que poderiam cultuar a Deus no templo erigido em Jerusalém, mesmo que em ruínas. Ansiavam o dia que poderiam demonstrar sua fé em um Salvador, um Cordeiro de Deus, longe da incredulidade, longe da mundanidade, longe da avareza existente em Babilônia.

Entre estes estava Esdras, um bem sucedido hebreu.É notório como vários judeus ocuparam funções importantes na corte babilônica. Tão bem cotados foram que alguns nem foram alterados de função quando o império Babilônico foi tomado pelos Medo-Persas. Inclusive o número deles na corte, tanto em Babilônia, como depois em Susã aumentou.

Esdras era um escriba, função equivalente aos pofissionais de direito atualmente (advogados, legisladores, magistrados, etc), de forma que soube agir habilmente e conseguir favorecimentos importantes do Rei.

“Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do SENHOR e para cumpri-la e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.” (Esdras 7:10)
Esdras lança-se em sua viagem, acompanhado por um número razoável de exilados. Com presentes do tesouro real, segue em procissão até Jerusalém.
Ao chegar lá encontra uma situação inusitada. A despeito da guia divina e do cumprimento profético do retorno à terra da possessão, um grande grupo de judeus, não atenderam a ordem expressa e aparentaram-se com os gentios por casamentos.
“E disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniqüidades se multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus… E agora, por um pequeno momento, se manifestou a graça da parte do SENHOR, nosso Deus, para nos deixar alguns que escapem, e para dar-nos uma estaca no seu santo lugar; para nos iluminar os olhos, ó Deus nosso, e para nos dar um pouco de vida na nossa servidão. ….Agora, pois, ó nosso Deus, que diremos depois disto? Pois deixamos os teus mandamentos, …Ah! SENHOR Deus de Israel, justo és, pois ficamos qual um remanescente que escapou, como hoje se vê; eis que estamos diante de ti, na nossa culpa, porque ninguém há que possa estar na tua presença, por causa disto.” (Esdras 9:6, 8, 10, 15)
Em meio à essa emocionada confissão um dos presentes indica uma drástica solução e entre prantos os israelitas despediram suas esposas gentilícas, inclusive seus filhos.
Esse relato parece estranho ao texto bíblico, onde esperamos encontrar valorização da família. Esperavamos encontrar um apelo de compromisso em abandono de ídolos e uma “reeducação” para o judaísmo desses estrangeiros. Entretanto a solução apresentada e acatada foi despedir seus cônjuges e filhos…
Amigo, a lição que quero deixar hoje tem a ver com reforma. Uma reforma total e deliberada de nossas vidas para dispo-la a serviço de Deus. Nem que para isso você tenha que desfazer-se de coisas muito preciosas.
Obediência aos conselhos divinos é o primeiro passo para começar uma reforma.
Eu estou disposto. E você?
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