A Sociedade do Excesso

Síntese apresentada na disciplina de Sociologia, da faculdade de Pedagogia da Univille.

Camilo Vanuchi na revista ISTO É em artigo intitulado “O Excesso” apresenta o tema da hiper-modernidade, comentando livros do filosofo Gilles Lipvtsky, professor de filosofia na Universidade de Grenoble, na França, que aborda esse tema em várias obras e artigos, como “O império efêmero”, “Le luxe eternel” e “Os tempos hiper-modernos”, lançado quando de sua visita ao Brasil, ocasião da publicação do artigo da ISTO É.

Em sua teoria confirma o fato já muito comentado de que passamos os tempos da modernidade, caracterizada pelo individualismo, cientificismo e o mercado. Entretanto, não percebe nos tempos atuais uma pós-modernidade. Afirma que esse tempo (pós-modernidade) nunca existiu. O que há é uma hiper-modernidade, uma modernidade consumada. Mais do que nunca é evidente as características da modernidade em seu estado exagerado (hiper). Sua tese afirma que a globalização e o fim de grandes ideologias produziram um individualismo sem precedentes. O cientificismo de todos os tempos (inaugurado no iluminismo) é pequeno se comparado com o cientificismo atual. E o mercado evoluiu para uma sociedade de hiper-consumo, onde mídia e publicidade ocuparam o lugar da religiosidade e do Estado como instrumentos de coação, de manipulação das massas. A sociedade atual é, segundo o filósofo, a sociedade do excesso, do exagero. Hiper-capitalismo, hiper-classe, hiper-potência, hiper-terrorismo, hiper-individualismo, hiper-mercados, hiper-texto, hiper-tecnologia, hiper-vaidade por aí vai à sociedade da era hiper-moderna. Algumas conseqüências desse estado podem ser trágicas. O pensamento humano é caracterizado pelo presencialismo angustiado pela falta de perspectiva. O medo domina e impera em face de um futuro incerto. Patologias novas e complexas surgem como resultado dessa situação, como a bulimia, o pânico, o voyeurismo. Cita o texto do psicanalista Jorge Forbes: “O homem está desbussolado…”

Nessa sociedade hiper-moderna, considera-se que tudo pode ser consumido, exceto saúde e ambiente (o planeta). A isso o filósofo dá o nome de ética do futuro. Assim se busca transmitir as novas gerações um ambiente viável e condições de vida melhor do que tínhamos ou temos.

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