Recomeço – Gênesis 6 – 9

Noé era homem integro e temente a Deus em um mundo ímpio, que em sua época tinham alta capacidade intelectual, longevidade e boa saúde física. Entretanto a libertinagem e a maldade haviam levado a humanidade com aproximadamente dois milênios após a queda para muito longe de Deus. Parece que podemos afirmar que a humanidade estava fora do alcance de Deus. Não era desconhecimento do poder, amor ou qualquer atributo divino. Era opção própria de quase toda uma geração. Haviam escolhido decisivamente ficar fora do alcance dAquele que é a vida, o perdão e redenção.

“E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.” (Gênesis 6:1-2, RCF)

“Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, 

E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.” (

Mateus 24:38-39, RCF)

“Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos.” (Lucas 17:27, RCF)

Os pecados apontados como causadores do juízo divino do Dilúvio eram a licenciosidade, a sensualidade e a glutonaria desenfreada. Não creio que esses pecados em si tenham causado a ira de Deus. Mas essas atitudes revelam uma busca desenfreada pelo prazer. Dos pecados capitais esses dois são exemplos categóricos do endeusamento do ego, levando a viver pelo prazer, pelo sentimento. Um vício em sensações, que os psiquiatras apontam para uma enxurrada de dopamina, adrenalina e outros componentes químicos no cérebro, que podem viciar tanto quanto as drogas ilícitas.
Os antediluvianos também julgavam-se acima de qualquer juízo divino. Haviam aprendido a conviver com a presença da morte e tinham um longevidade invejável para a humanidade de hoje. Julgavam que a morte era até um preço aceitável pelo oportunidade de viver os prazeres na carne. Prazeres esses corrompidos pela libertinagem, pela gula, pela violência. Talvez tenham apregoado que a morte era uma passagem para uma outra dimensão, na vida após a morte, assim como a serpente havia dito no Éden: “…Certamente não morrereis.” (Gênesis 3:4, segunda parte, RCF) e como tem feito desde então, contrariando a sentença divina de que a máquina humana precise buscar vida na fonte, no único que pode conceder a vida.
O Anjo caído exultava. Conseguira desviar uma criatura inteligente da presença divina. E agora toda a sua descendência, toda a sua raça ia longe no anseio de guiar seu próprio caminho, no anseio de traçar sua trajetória com base em si mesmos, no seu próprio ego. Apenas um homem e sua família permaneciam na busca da redenção, na recuperação da antiga condição de inocência e perfeição.
Não só a humanidade estava em ruínas, mas toda a criação sofria as consequências do mal. Grandes criaturas outrora pacíficas passaram a ser cruéis predadores, ameaçando outras criaturas e ferindo dolorosamente o Criador. “Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.” (Gênesis 6:6, RCF). O causador da queda, Satanás, imaginava que naquele momento sua vitória estava garantida, pois mesmo a família de Noé não permaneceria fiel por mais do que uma geração, ou se houvesse oportunidade buscaria destruir-lhes a vida e aniquilar-lhes a posteridade. Não se importava se a raça humana destruísse esse planeta e se auto-destruísse em seguida. Importava mostrar para o pai que uma raça inteira de seres inteligentes criados haviam preferido estar longe dEle.
Deus interferiu na estrutura que havia preparado para a criação deste mundo, causando alterações nas condições físicas a ponto de causar uma catástrofe aniquiladora e destruidora. Selecionou quais animais deveriam ser mantidos e trouxe-os para a Arca, para o instrumento de livramento que instruiu seu fiel servo a construir. Durante 120 anos Noé pregara a mensagem de juízo e de libertação. Toda a sua geração teve a chance de ouvir a mensagem. Nenhum deles poderia alegar que não ouvira a advertência. Mas abertamente decidiram por seguir seu próprio caminho.
Veio enfim o juízo e destruiu a todos, exceto Noé e sua família que estava na Arca.
O mundo após o dilúvio estava mudado. A forma física havia sido modificada. Muitos animais e plantas não mais existiam. Tornaram-se fósseis. Imensas florestas haviam sido sepultadas e tornaram-se nos depósitos de carvão e petróleo que consumimos hoje. A condição de vida foi alterada e logo vemos a expectativa de vida humana cair para menos de 100 anos e depois menos ainda. O vigor e saúde tornaram-se frágeis. Tornamo-nos frágeis e ignorantes com a finalidade de que o mal não prevalecesse indefinidade.Como resultado da vida curta, o intelecto humano diminuiu.
Deus não poderia transformar a vida daquela família para que não tivessem mais propensão ao pecado sem com isso interferir na lei da liberdade que Ele havia instituído. Se o fizesse Satanás teria sido declarado vitorioso. O homem havia escolhido estar longe de Deus, desligado da fonte de vida. A consequência inevitável era a morte. Somente a morte de um inocente poderia redimir a raça humana sem ferir o amor de Deus e a justiça necessária. Ainda não era o momento.
“E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.” (Mateus 24:37-39, RCF)
Desde que podemos contar a história humana nunca houve tantas fontes de prazer, de fortes emoções como na atualidade. Nosso cérebro é bombardeado com todas as sensações possíveis e estímulos diversos, a maioria deles de senso libidinoso e sensual. A quase 200 anos temos pregado a advertência de juízo e redenção, mas poucos são os que a ouvem. A profecia está encontrando seu cumprimento. É tempo de estar prontos para ver o seu cumprimento.
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