Um Homem e seu Escudeiro contra um Exército – I Samuel 14

Observamos que o reinado de Saul caracterizava-se quase unicamente como um governo militar. A prática da Guerra ou treinamento e aparelhamento militar ocuparam quase todo tempo desse rei escolhido pelo povo justamente para esse fim: liberta-los da opressão dos vizinhos idólatras e saqueadores.
Israel ser reconhecido como uma nação, um estado constituído e com um exército organizado era uma afronta direta a esses pagãos que se consideravam donos da Palestina. Logo após a instituição do governo hebraico encontramos manifestações bélicas feitas com o intuito de massacrar os hebreus ou pelo menos desestruturar sua organização militar e leva-los a submeter-se ao domínio inimigo.
No capítulo anterior encontramos um formidável exército dos filisteus (Ver I Samuel 13:3) preparando-se para a batalha contra um grupo pequeno de oponentes, quase uma milícia, sem armas e sem preparo militar adequado. Observamos também um ótima manobra política (Ver I Samuel 13:18-22), proibindo os hebreus de produzirem ferramentas (por que poderiam assim  fabricar armas). Dessa forma o hebreus se tornavam quase infensivos e dependentes dos filisteus. O reino de Saul não era reconhecido como tal pelos filisteus. Antes, viam o exército de Saul como um desordeiro grupo tentando causar uma insurreição (Ver I Samuel 13:4) A própria existência desse acampamento em território hebreu era uma mostra da fraqueza militar dos israelitas e uma mostra da intenção dos filisteus de dominar o povo enquanto declaravam a propriedade das terras.
Mesmo em face a tão gritante fraqueza a confiança recém-descoberta de um Deus poderoso e libertador animava o jovem exército hebreu.
O filho do rei, impressionado pelo Espírito de Deus resolveu que poderia fazer algo para reprimir a ousadia dos pagãos. Chamando seu escudeiro, subiu durante a noite um íngreme penhasco que iria dar em um dos flancos do acampamento inimigo. Era uma trilha de difícil acesso e os expunham praticamente sem defesas contra seus inimigos acima. Os filisteus não esperavam nenhum ataque por esse caminho, motivo pelo qual ele estava totalmente desprotegido.
Logo ao amanhecer avistaram os dois jovens hebreus e admirados pela ousadia deles mostraram-se arrogantes e permitiram que Jônatas e se escudeiro subissem até o topo e chegasse a eles. Nunca esperariam o que aconteceu a seguir: a guarnição foi totalmente desmantelada. Um grupo de vinte homens que guardavam aquele posto foram mortos. O tumulto visto pelos outros postos filisteus pareceu muito maior do que o fora realmente e posto que não viam seus inimigos tomaram se de pânico e procurando defender-se atacavam-se mutuamente.
Nesta hora o alvoroço filisteu chama a atenção dos amedrontados israelitas, que saindo das cavernas que tinham se escondido perseguem o exercito desmantelado.
O rei Saul, tomado de surpresa ao saber que o quem realizara esse ataque fora seu próprio filho, ordenou o restante de suas forças no intuito de destruir completamente esse arraial inimigo enquanto fazia promessa de sacríficio dele e de todo o exército, de que se alguém ingerisse algum alimento durante o ataque, tal devia morrer como penitencia à Deus.
Votos e promessas realizadas em momentos de fortes emoções podem causar mais danos do que não hovessem sido feitos. O próprio Jônatas, que causara tão grande vitória quebrou o voto de seu pai. Ao ser descoberto Saul declarou que iria cumprir seu voto, mas foi impedido pelo povo, que já nesta altura admirava mais a coragem e atitude de Jônatas do que a impulsividade e ao mesmo tempo destempero de seu pai.
Amigo, qual o tamanho do exército inimigo a sua frente? Qual a batalha que você tem que travar neste dia?
Convido-o a pensar na vitória de Jônatas e considerar alguns passos para o sucesso, independente do tamanho do problema:
1º – Deus em Primeiro Lugar. Busque conhecer Sua vontade e tenha coragem para entregar-se a Sua obra;
2º – Coragem para agir. Saia a luta. Não fique escondido “nas cavernas”, esperando o livramento aparecer;
3º – Tenha Estratégia. Estude seu inimigo. Faça um planejamento minucioso, criando soluções e alternativas;
4º – Fale menos e aja mais. Ninguém soube dos planos de Jônatas, entretanto, sentiram-se impusionados a se unir a ele quando viram o resultado de sua ação;
5º – Prontidão. Faça! Não fique postergando, evitando o conflito. Faça o momento. Esse último passo tem uma ressalva, ao preparar a estratégia você deve considerar o melhor momento, assim como se planeja a ação e o caminho a seguir.
Enfim, talvez seja possível enumerar mais alguns passos ou lições desse episódio, mas consideremos esses cinco acima e vamos descobrir a realidade de que “tudo posso nAquele que me fortalece” (Filipenses 4:13).

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