Em minha jornada tenho tornado tudo que está a minha volta em pesquisa e objeto de estudos. Durante anos trabalhando com tecnologias digitais e telecomunicações, tornei-me autodidata e capaz de trabalhar como professor em cursos técnicos e profissionalizantes sem ter formação nenhuma. Somente em 2012 veio a primeira formação superior (Análise e Desenvolvimento de Sistemas), depois já de 15 anos atuando em uma área onde a contratação exigia nível superior. Por algum motivo, eu estava lá. Em 2014 começa a saga no ensino regular. Primeiro Matemática (antes mesmo de iniciar a licenciatura nesse componente curricular) depois Física (2020) e, depois, retornando, a Computação (2023). Cada um desses componentes foi seguido (não o contrário) pela sua respectiva graduação. (Matemática – CESUMAR, 2022; Física – UNIASSELVI, 2023; Computação – Claretiano, 2023; Ciências da Religião – Unida de Vitória, 2024). Havia ficado anos distante da educação formal. Mas depois de ingressar profissionalmente no ensino regular, várias graduações e especializações vieram. (Matemática e o Mundo do Trabalho – UFPI, 2023; Tópicos em Matemática, Dom Alberto, 2023; Teologia e Bíblia – Ulbra, 2024; Educação Matemática e Financeira – UNICESUMAR, 2024; Física e o Mundo do Trabalho – UFPI, 2024). Ainda em 2024 iniciei um Mestrado em Educação (Uneatlântico) e mais uma licenciatura em Filosofia (UniDomBosco). Ainda em 2020 havia iniciado em Engenharia Elétrica (UNINGÁ), depois de alguma dificuldade com deslocamentos para a instituição e deixar o curso trancado por um longo período (no qual fiz as outras jornadas acadêmicas) migrei para outra instituição (AMPLI PITÁGORAS). Descontente com o andamento do curso, tenho analisado outras instituições ou mesmo a possibilidade de abandonar esse curso em específico, já que, agora, meu projeto de vida caminha para outros lados.
Durante 7 anos atuei como Coordenador Regional de Desbravadores para o Planalto Norte Catarinense (2016 a 2022, inicialmente designado 7ª região, depois apenas REGIÃO PLANALTO), vinculado a ANC (Associação Norte Catarinense das Igrejas Adventistas do Sétimo Dia), além das experiências anteriores nesse ministério de grande alcance que tem o objetivo de formar líderes juvenis e jovens. Nesse período realizamos vários projetos com foco em novas gerações, como abertura de diversos novos clubes na região e treinamentos periódicos (CONVENÇÕES, CTBD, CTDA, CCCS, Aventuraço, LIDERAÇO, ASES) clubões, acampamentos locais, regionais e de campo (associação). Participei como organizador ou como parte de equipe de organização do V Aventuri da ANC (Rio Negrinho, 2016); II Campori da ANC (Rio Negrinho, 2016); I Campori da 7ª região da ANC (Monte Castelo, 2017); VI Aventuri da ANC (Friburgo, 2017); VII Aventuri da ANC (Rio Negrinho, 2018); Feira de Especialidades (Rio Negrinho, 2018); V Campori Sul Americano (DSA, Barretos, 2019); Sobreviva (Rio Negro, 2019); VIII Aventuri da ANC (Ituporanga, 2019); Crossover – Aventuri online (ANC/ANP, 2020); Crossover – Aventuri online (ANC/ANP, 2021); Crossover – Campori onine (2021); III Campori da ANC (Ituporanga, 2022); IX Aventuri da ANC (Ituporanga, 2023).
Essa conversa toda acima, quase no modelo de um curriculum vitae, no melhor estilo lattes, tem apenas o objetivo de demonstrar minha relação com a produção intelectual e estudos e, como nos últimos anos, isso fez parte significativa (em tempo, esforço e dinheiro) da minha vida e, de forma bem contundente, como isso modificou a pessoa que sou, minhas expectativas, ideais e ideias.
Em 2024 trabalhei e estudei muito. Creio haver sido um ano produtivo. Foram aulas ministradas em quatro escolas da rede estadual de dois estados (Santa Catarina e Paraná) e mais uma escola particular da cidade, totalizando as 60 horas de aula permitidas legalmente, adicionado de algumas palestras semanais como convidado, acrescido de atividades semanais na Escola Bíblica (Sabatina) da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Mafra, diversos programas e projetos desenvolvidos por essa instituição (Discípulo Teen; The Way – Caminhos da Adoração; Agente Novo Tempo; Classe dos Professores; Superprofs), uma Classe de Estudos Avançados da Bíblia e alguns eventos periódicos como feiras escolares (FEICITEC – CRE-MAFRA; Feira Estadual de Matemática – SBEM/FURB/IFSC; Feira das Profissoẽs – CEDUP-MAFRA) como participante e, como organizador, do PROVÃO (EEB Professora Maria Paula Feres) da Mostra de Pesquisa Científica e Matemática (EEB Professora Maria Paula Feres); e do Simpósio de Discussão Criacionista de Mafra, que caminha para a abertura de um Núcleo de Estudos Criacionistas na cidade, em conformidade com a Sociedade Criacionista Brasileira.
Assumo as vezes um comportamento de difícil convivência, onde pareço não me importar com injustiças ou sentimentos meus nem de ninguém. Na real, assumo que não os tenho. Ajo explicitamente de forma racional. Para mim, se não puder racionalizar, analisar ou pesquisar algo, essa coisa não tem importância. Contudo, reconheço que a maioria das pessoas não agem assim e tento não atrapalhá-las em seu sentimentalismo e senso de opinião diversa. Aliás, compreendo isso como mais uma oportunidade de estudo e pesquisa.
Termino o ano com o senso de muito trabalho, mas muita produção, seja de cunho profissional ou intelectual. Sucesso material e financeiro é uma consequência, mas sempre bem menor do que o capital humano investido. Para todos os efeitos, gostaria de pontuar fatos relevantes que me ensinaram lições importantes nesse ano:
• aprendi que quem não está disposto a aprender algo não poderá ser ensinado, pois não havendo envolvimento do estudante não há produção intelectual;
• aprendi que metodologias ativas precisam ser pensadas como unidade escolar e não como ação individual do professor;
• aprendi que há muitos profissionais da educação dispostos a renunciar seus princípios, se ainda os tem, a favor de qualquer vantagem própria, em detrimento de seu compromisso em criar um ambiente favorável ao desenvolvimento;
• aprendi que mostrar um bom e intenso trabalho desperta sentimentos negativos em pessoas, sejam familiares ou profissionais próximos, em relação a percepção de o outro está fazendo mais do que deveria, criando um verdadeiro clima de antagonismo entre as partes;
• aprendi que amigos só existem na infância, depois disso existem pessoas com as quais você aprende a conviver em horários, ambientes e contextos específicos. Normalmente essas pessoas não seria bem-vindas em outros contextos;
• percebi que pessoas que mergulham menos, ou nem mergulham, no universo intelectual costumam não perceber isso como algo a fazer falta, embora eu creia que, para mim, esse universo é o âmago da existência humana;
• percebi que pessoas menos propensas a questões intelectuais são mais felizes, brincam e se divertem mais;
• observei que tenho muita coisa, muito material que poderia ser publicado ou divulgado, seja em lives, sermões, aulas, palestras ou arquivos, textos, resenhas, etc, com muito mais profundidade do que os materiais disponíveis, mas, nunca terei tempo para preparar esse material em formato adequado;
• observei que a única forma eficiente de realizar as tarefas cotidianas é “começar e terminar” no horário programado, sem protelações nem adiantamentos. Ou seja, uma tarefa ou compromisso ou qualquer outra coisa não deverá preocupá-lo nem tomar conta de seus pensamentos antes da hora, entretanto, deverá ser concluído quando for inicializado;
• as coisas que a gente faz espontaneamente e não fazem parte do contexto profissional não devem ser cobradas, caracterizando benevolência, generosidade e voluntariado;
• para outras coisas feitas sob pedido de terceiros, a melhor coisa a se fazer é não cobrar. Esses “serviços esporádicos” não geram lucro nem subsistência alguma. Pode-se negar a fazer, sem problema algum ou, se o fizer, não cobre. Não configure isso como um serviço cobrado, mas como um favor. Se a pessoa que te pediu algo se ofender com a negativa, considere que é melhor não ter essa pessoa por perto.
Aprendizado em 2024
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