Masculinidade tóxica

1 – A masculinidade, dentro do contexto analisado, refere-se ao conjunto de características, comportamentos e papéis tradicionalmente associados ao homem em uma determinada cultura ou sociedade. Isso inclui aspectos como a força física, a assertividade, a responsabilidade e o provedor. No entanto, a masculinidade é flexível e varia conforme o contexto histórico e cultural, podendo abranger uma ampla gama de formas de ser e agir. Masculinidade é o jeito que a sociedade espera que os homens se comportem. Normalmente, inclui coisas como ser forte, ser líder, cuidar dos outros e não demonstrar muita emoção. Mas essas ideias mudam de acordo com a época e o lugar, então não existe uma única forma certa de ser masculino.

2 – A masculinidade tóxica é o termo usado para descrever um modelo de comportamento masculino que perpetua estereótipos prejudiciais, como a supressão de emoções, a agressividade exagerada e a ideia de superioridade sobre outros gêneros. Ela encoraja a dominação, a rejeição de vulnerabilidade e a resolução de conflitos através de força, o que pode causar danos tanto aos homens quanto às pessoas ao seu redor. A masculinidade tóxica é quando os homens sentem que precisam seguir regras rígidas de comportamento, como nunca mostrar fraqueza, serem agressivos e pensar que precisam estar sempre no controle. Esses padrões acabam sendo prejudiciais, tanto para eles quanto para as pessoas ao redor, pois limitam o jeito de viver e se relacionar com os outros.

3 – A masculinidade tóxica está diretamente relacionada à violência contra a mulher porque reforça comportamentos de dominação e controle, onde o homem vê a agressão como uma forma válida de exercer poder. Esse padrão alimenta a crença de que o homem deve controlar e submeter as mulheres, gerando relações abusivas e promovendo a violência física, psicológica e emocional como mecanismos de controle e opressão. A masculinidade tóxica está conectada à violência contra a mulher porque faz com que muitos homens acreditem que precisam controlar ou mandar nas mulheres. Isso pode levar à agressão, já que esse tipo de masculinidade vê a violência como uma forma de resolver problemas ou mostrar poder, criando um ciclo de abusos nas relações.

Referências:

BUTLER, Judith P. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar.1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

CONNELL, Robert W. Masculinities. 2nd ed. Berkeley and Los Angeles: C’niversity of California Press, 1995.

CONNELL, Robert W.; MESSERSCHMIDT, James W. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Estudos Feministas, Florianópolis, ano 21, p. 241-282, jan-abr 2013. DOI 10.1590/S0104-026X2013000100014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/cPBKdXV63LVw75GrVvH39NC/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 12 ago. 2024.

LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

WELZER-LANG, Daniel. A Construção do Masculino: Dominação das Mulheres e Homofobia. Estudos Feministas, Florianópolis, ano 9, p. 460-482, 2º sem. 2001. DOI 10.1590/S0104-026X2001000200008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ref/a/WTHZtPmvYdK8xxzF4RT4CzD/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 12 ago. 2024.

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